Em 13/03/2007 às 18h36
No dia 8 de março de 2007, os alunos do Curso de Direito da FAMINAS/BH, acompanhados pela Coordenadora Alciléa Teixeira Lima e pelas
professoras Maria Aparecida Leite Mendes Cota (Português Instrumental) e Margareth de Abreu Rosa (Direito Penal), fizeram uma visita técnica ao fórum
Lafayette, sob a supervisão do Assessor de Comunicação Institucional Rui Gonçalves Lopes de Aguiar.
A visita aconteceu em dois turnos: na
parte da manhã, de 9h30 às 12h e à tarde, das 13h30 às 17h30.
Pela manhã, os alunos tiveram a oportunidade de assistir a um vídeo sobre a
estrutura do Judiciário, com duração de 10 minutos. Depois passaram a visitar vários setores do fórum: distribuição, central de guias e secretarias. Em cada
setor, havia um funcionário disponível para explicar como tudo funcionava e para esclarecer para nossos futuros advogados sobre a importância de se
atender aos requisitos do art. 282 do CPC, para a propositura de uma ação. Disseram que alguns advogados iniciantes (e veteranos também) ficam bravos
quando suas petições não são aceitas para distribuição. No entanto, lembram eles, "todos os requisitos e ainda o CPF do autor, são importantíssimos
para evitar confusão causada por homônimos”.
Na visita feita à secretaria, vimos o volume de trabalho que eles têm: há uma tramitação de
4 a 7 mil processos, dependendo da secretaria.
Por volta das 11h, o juiz da 3ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte, Dr. Luiz Rogério
Alves Coutinho, nos recebeu no auditório de 1º Tribunal do Júri. Com muita espontaneidade, disse que arrumou com capricho sua sala, pois fora avisado de
que receberia uma visita. No entanto, como o número de alunos foi maior que o previsto, preferiu nos receber no auditório. Dr. Luiz Rogério falou de sua
experiência profissional, dizendo que, já muito jovem, passou por um concurso de juiz. Como essa carreira se inicia no interior, disse que a experiência é
muito boa, pois juiz de interior atua em várias áreas. Só quando os juízes são transferidos para a capital, ficam em uma secretaria
especializada.
Disse que já trabalhou por 3 anos em Muriaé, que conhecia a FAMINAS do Deputado Lael Varella e era com muito carinho que
recebia os alunos de BH. Contou muitos casos engraçados que aconteceram no interior e aconselhou os alunos a estudarem muito, pois o futuro
do profissional do Direito é promissor. Continuou nos relatando sobre a conversa que teve com sua filha que está indecisa sobre qual curso ela vai prestar o
vestibular. Ele disse para ela que a melhor opção para quem ainda não se decidiu sobre o curso que vai fazer é fazer DIREITO , direito. Quem faz
DIREITO, direito, tem um leque de possibilidades imenso. Ao se formar, ela teria dificuldade para escolher entre diversas carreiras maravilhosas. Mas
enfatizou: é preciso fazer DIREITO, direito.
Para finalizar, cada um dos alunos recebeu duas cartilhas: uma com o glossário jurídico e outra
explicando a estrutura da 1ª instância, onde se iniciam as demandas judiciais.
À tarde, os alunos se dividiram entre o 1º e o 2º tribunal do
júri. No 1º, aconteceu um julgamento sobre uma tentativa de homicídio e, no 2º, um julgamento de homicídio.
No 1º tribunal do júri, qual não foi a
surpresa da Coordenadora do curso ao ser cumprimentada por um ex-aluno da PUC, que estava atuando em seu primeiro julgamento: Dr. Alexandre Lemos
Gonçalves.
No parecer de sua ex-professora, Dr. Alexandre teve um bom desempenho na defesa do seu cliente, que, apesar de ter
sido condenado por 6 votos a 1, nenhuma das agravantes suscitadas pelo promotor foi considerada, pegando o réu uma pena de 4 anos pelo regime
aberto.
Foi um dia muito proveitoso para todos e principalmente para os alunos, que puderam se imaginar num futuro bem próximo. Uma das
alunas que quer ser promotora de justiça, confessou à professora Alciléa que vez por outra assistirá a um julgamento para “ir pegando a
manha”.
E com esse gesto espontâneo e verdadeiro, a aluna encheu de alegria o dia de sua
professora, que espera ver no sucesso de seus alunos a maior recompensa do seu trabalho...