Em 20/11/2006 às 20h54
Depois do artigo sobre Eutanásia, o aluno do 2º período do curso
de Direito, Marco André Rezende teve mais um artigo publicado no jornal Hoje em Dia. Desta vez o discente da FAMINAS-BH opina sobre a crise nos
aeroportos nacionais.Confira
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STRONG> Que Brasil é
esse?
Muitos brasileiros devem estar pensando: que Brasil é esse em que estamos vivendo? Um Brasil sem rumo e sem direção, “sem lenço e sem documento” um Brasil perdido no ar.
Atualmente, estamos vivendo o drama da aviação no Brasil, com a crise dos controladores de vôo que, de um momento para outro, se acham ganhando pouco e querendo um tratamento diferenciado dos militares da Aeronáutica, com os quais convivem e dividem tarefas no mesmo local de trabalho.
Ora, esse é o Brasil em que vivemos; um Brasil completamente perdido no espaço. E fico pensando quem é o maior prejudicado. Claro que é o povo, pois é o que acontece sempre, em qualquer situação.
Vejo o povo tendo o seu direito violado a todo o momento, nesse episódio especialmente que estamos tratando, em seu direito de ir e vir (garantidos na Constituição Federal e no art. 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos). O direito do cidadão brasileiro é violado sem a menor preocupação.
Que Brasil é esse? Que não tem uma autoridade competente capaz de solucionar tal problema? Que Brasil é esse? Que seu presidente, autoridade máxima do país, ao invés de estar envolvido com o problema tentando uma solução, está em outro país inaugurando ponte? Deveria estar é aqui no Brasil, inaugurando ponte sim, mas ponte aérea.
É esse o Brasil de hoje. Imagino que o erro foi o de misturar água com óleo, ou seja, misturaram os militares com os civis. Publitizaram o Direito privado e privatizaram o Direito Público, esse foi o erro.
Mas creio que exista uma saída, basta que as autoridades responsáveis assumam os seus papéis e façam valer os seus direitos, e garantam os direitos do povo brasileiro que está ferido faz tempo.
Que os controladores de vôo reivindiquem os seus direitos, mas sem ferir o direito dos outros. Eles não podem banalizar o sistema como estão fazendo e trazendo um prejuízo enorme ao povo brasileiro, porque também são povo e fazem parte de uma sociedade que deve viver em plena harmonia. Devem, sim, sentar-se à mesa procurando uma solução que seja boa para todos, usando o bom senso.
Temos que caminhar na mesma direção se quisermos achar o caminho, pois, do contrário, estaremos mais perdidos ainda. Que os nossos aviões possam alçar vôos com total tranqüilidade, para o bem da Nação brasileira.
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