A definição inicial de turismo, como hoje se estuda, data da Roma imperial. Mas o grande boom
deste setor deu-se com a capitalização do mundo.
As transformações econômicas, sociais e intelectuais
decorrentes do capitalismo permitiram que a sociedade, antes rural, artesanal e estagnada, vislumbrasse possibilidades de deslocamentos temporários por
razões de sobrevivência, saúde, status ou lazer. Essas possibilidades coincidem com inovações tecnológicas, tais como o trem de ferro, e com a emergência
do chamado turismo de massa.
A partir da evolução do turismo de massa, os turistas passaram a demonstrar
diversas necessidades relacionadas aos seus deslocamentos. Vários setores da atividade humana tornaram-se interligados ao fator viagem, contribuindo para
o aperfeiçoamento do setor turístico. Ao simples ato de viajar, agregaram-se, por exemplo, a oferta da nova cultura (gastronomia, costumes, língua) e o
interesse pelos souvenirs. Surgiram mesmo outros tipos de turismo, como o educacional, o de negócios e o de incentivos, todos com necessidades e
características próprias e específicas.
Levando-se em conta os mais de 50 setores da economia de que o
turismo necessita para acontecer, pode-se, sim, dizer que esta é uma indústria, na medida em que toda a infra-estrutura de que se utiliza o
é.
Tão importante quanto os pontos e destinos turísticos é a profissionalização dos agentes de turismo, visto
que a qualidade e a criatividade são fatores cruciais na escolha de um roteiro, por exemplo. No conceito de profissionalização incluem-se a capacidade
receptiva da população do local que se visita, a conscientização do turismo que ali se pratica como fonte de crescimento, a preparação de infra-estrutura
adequada, a oferta de dados acerca do local visitado, além da educação do próprio turista, visando a preservação do meio ambiente e das atrações
visitadas.
Aqui entra a parte que cabe aos dirigentes – a de destinar verbas, criar centros de capacitação e
esclarecimento, fomentar a expansão dos setores que se interligam, estabelecer centros de preservação – para levar cada vez mais o setor turístico ao
crescimento. Sabe-se que o turismo é o ramo de negócios que mais abre fronteiras e mais gera empregos e divisas para o Brasil. Em muitos países, estados e
cidades, o turismo é um suporte financeiro fundamental para o desenvolvimento.
O turismólogo, como
profissional de turismo, deve não só conhecer o fenômeno industrial turístico, mas também estar atento a tudo o que se passa em sua volta, pois a indústria
do turismo constitui um fato dinâmico, em constante transformação, que requer integração pessoal, sensibilidade e paixão pelas suas atividades.
Maria Isabel de Sena Figueiredo (aluna do primeiro período do curso de Turismo).