A evolução e o impacto do turismo no desenvolvimento


Em 22/06/2004 às 16h49

      A definição inicial de turismo, como hoje se estuda, data da Roma imperial. Mas o grande boom deste setor deu-se com a capitalização do mundo.
      As transformações econômicas, sociais e intelectuais decorrentes do capitalismo permitiram que a sociedade, antes rural, artesanal e estagnada, vislumbrasse possibilidades de deslocamentos temporários por razões de sobrevivência, saúde, status ou lazer. Essas possibilidades coincidem com inovações tecnológicas, tais como o trem de ferro, e com a emergência do chamado turismo de massa.
      A partir da evolução do turismo de massa, os turistas passaram a demonstrar diversas necessidades relacionadas aos seus deslocamentos. Vários setores da atividade humana tornaram-se interligados ao fator viagem, contribuindo para o aperfeiçoamento do setor turístico. Ao simples ato de viajar, agregaram-se, por exemplo, a oferta da nova cultura (gastronomia, costumes, língua) e o interesse pelos souvenirs. Surgiram mesmo outros tipos de turismo, como o educacional, o de negócios e o de incentivos, todos com necessidades e características próprias e específicas.
      Levando-se em conta os mais de 50 setores da economia de que o turismo necessita para acontecer, pode-se, sim, dizer que esta é uma indústria, na medida em que toda a infra-estrutura de que se utiliza o é.
      Tão importante quanto os pontos e destinos turísticos é a profissionalização dos agentes de turismo, visto que a qualidade e a criatividade são fatores cruciais na escolha de um roteiro, por exemplo. No conceito de profissionalização incluem-se a capacidade receptiva da população do local que se visita, a conscientização do turismo que ali se pratica como fonte de crescimento, a preparação de infra-estrutura adequada, a oferta de dados acerca do local visitado, além da educação do próprio turista, visando a preservação do meio ambiente e das atrações visitadas.
      Aqui entra a parte que cabe aos dirigentes – a de destinar verbas, criar centros de capacitação e esclarecimento, fomentar a expansão dos setores que se interligam, estabelecer centros de preservação – para levar cada vez mais o setor turístico ao crescimento. Sabe-se que o turismo é o ramo de negócios que mais abre fronteiras e mais gera empregos e divisas para o Brasil. Em muitos países, estados e cidades, o turismo é um suporte financeiro fundamental para o desenvolvimento.
      O turismólogo, como profissional de turismo, deve não só conhecer o fenômeno industrial turístico, mas também estar atento a tudo o que se passa em sua volta, pois a indústria do turismo constitui um fato dinâmico, em constante transformação, que requer integração pessoal, sensibilidade e paixão pelas suas atividades.

Maria Isabel de Sena Figueiredo (aluna do primeiro período do curso de Turismo).
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